segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Como funciona o POWERHOUSE

Quando as fibras musculares do diafragma se contraem, o centro frênico desce, deste modo o diâmetro vertical do tórax se alarga, podendo ser o diafragma comparado com um êmbolo que se desliza no interior de uma bomba. Ao elevar as costelas inferiores, o diafragma alarga o diâmetro transversal do tórax inferior, mas simultaneamente através do esterno, eleva também as costelas superiores e conseqüentemente alarga o diâmetro antero-posterior.


A contração do diafragma faz o centro frênico baixar, o que aumenta o diâmetro vertical do tórax, porém em seguida, a resistência ao alongamento do elementos verticais do mediastino intervém, e especialmente a resistência da massa das vísceras abdominais. Esta massa está mantida pela cinta abdominal constituída pelos potentes músculos abdominais, sem eles o conteúdo abdominal seria empurrado para baixo e para frente e o centro frênico não poderia tomar um ponto fixo sólido que permitisse ao diafragma levantar as costelas inferiores. Deste modo a ação antagonista dos músculos abdominais é indispensável para a eficácia do diafragma.


Deste modo a pressão aumenta notavelmente na cavidade tóraco-abdominal e a converte numa viga rígida situada na frente da coluna vertebral que transmite as forças à cintura pélvica e o períneo. A intervenção desta estrutura inflável reduz bastante a compressão longitudinal nos discos. Este mecanismo de hiper pressão tóraco-abdominal , é portanto, muito útil para suavizar as forças que se exercem sobre a coluna vertebral.


Quando se inspira o diafragma se contrai e desce, aumentando a pressão intraabdominal (PIA) e os arcos costais se expandem. Os músculos abdominais contribuem para a manutenção da PIA tracionando a aponeurose tóracolombar estabilizando a coluna lombar.

Fonte:
  • Hodges P. W., Eriksson A.E.M, Shirley D. and Gandevia S.C, Intraabdominal pressure increases stiffness of the lumbar spine, Journal of Biomechanics 38 (2005), pp. 1873–1880.
  • Kapandji A. I., Fisiologia articular, Panamericana 5º edição, Rio de Janeiro 2000.
  • Gracovetsky S, Kary M, Levy S, et al. Analysis of spinal and muscular activity during flexion / extension and lift free. Spine 1990, 15:1333-1339.

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